Abre os olhos e nada vê
então fecha e imagina
Cria o palco, põe mais pra cá
monta o cenário, muda de cor
Tem frases rabiscadas na parede
uma bailarina miudinha, miudinha
projetor antigo passando imagens conhecidas
Tem pé de fruta chamuscado de pontinhos laranjas
a fonte colorida da velha rodoviária
um monte de gostos, e risadas
e o presépio na igreja
e a igreja na praça
O cheiro, o som, a música da saudade
Abre os olhos
uma bailarina miudinha, miudinha
rodopia na ponta dos pés
A saudade dói
7 comentários:
GRANDES imagens líricas de ENCHER os olhos, Flah!
Quase escutei a caixinha de música...
Belíssimo poema, flor! Parabéns!
Um bjo,
Talita
História da minha alma
E que mais encanta (o que mais me encanta) é o ritmo, as palavras simples em beleza complexa...tive que reler para saber do que falava, porque a principio era apenas som que me encantava.
Belo poema, garota.
Que lindo! Acho que o gde segredo da paz interna é buscar mais do que olhos abertos podem ver...
Te ler é sempre um presente!
beijos
A saudade é a solidão desamparada. Bjs moça!
Bonitinho!
O interior tem dessas delícias que só quem já provou sente falta.
Lindo quadro! Me deu saudade tb!
Bjs no coração e uma rosa!
A saudade dói.
E sabe? Posso até ver a praça, a igreja, o presépio e as pessoas circulando num passado ao qual eu não pertenço mais.
E talvez, nem à época, tenha pertencido.
Gostei muito, viu?
Beijo
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