Ócio. Com você era cama, sem você vira tédio.
Eu sei que devia evitar... Ignorar as lembranças, a saudade, Nando Reis, Coca Cola. Desisti de fugir quando me dei conta: saio daqui e te encontro logo ali.
Ostracismo não combina com seu nome. Nome duplo, sonoro, gostoso de dizer.
Me pego rindo das suas frases piegas. Choro em seguida, quando me dou conta de que é só minha memória pregando uma peça.
Não é drama. Não é tragédia. Não é romance. É um filme inclassificável e por vezes chego a questionar se o roteiro é baseado em fatos reais... Minha intensidade sofre de megalomania, de repente andou mudando algumas cenas.
Dei pra escrever textos insanos, sem começo, meio e fim. Inspirados no nosso faz de conta que não teve final feliz.
Oscilo entre o papel de mocinha e vilã. Gosto de me imaginar gargalhando diante do espelho, sem dar a mínima pro bobóca do príncipe.
Verifico meu e-mail a cada dez minutos. Pra não dar o braço a torcer, me convenço de que talvez haja algum trabalho por terminar.
Nando Reis continua cantando '... que ainda não passou, mas vai passar...' Mas quando, Nando? Quando?
'E não, não há nenhum remédio
Pra curar essa dor
Que ainda não passou
Mas vai passar!'
4 comentários:
É, sim, Flah...vai passar. Curta a dor, porque quando passa, parece que nem existiu. Assim como o amor.
Todos nós passamos por essa angústia existencial um dia! A sabedoria é só passarmos uma vez por ela! E depois, causar essa angústia existencial nos outros! Pode até parecer uma vingança mesquinha! E é mesmo! rsrsr
Que dizer? Tuas palavras são sempre tão bonitas, intensas, fazem a gente pensar e se deliciar... Desta maneira, mesmo quando há dor, como não sonhar com um final feliz?
Abraços bem grandes!
Do jeito que você escreve, o drama acaba ficando divertido.rs
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