sexta-feira, 30 de março de 2012
terça-feira, 20 de março de 2012
segunda-feira, 19 de março de 2012
(Lou)Cura
Às vezes quero te dizer milhares de coisas e ao mesmo tempo, não quero dizer nada. Posso começar contando do azulzinho do céu que vejo da minha janela todas as manhãs, passar pelo menino que cata latinhas na rua, comentar o que comi no café e terminar nas minhas insatisfações que não sei de onde vem e me incomodam feito etiqueta pinicando.
Eu não quero dizer nada porque tenho ímpetos de te matar de vez em quando. Não literalmente, só aqui dentro.
Bebo litros d’água durante o dia e me imagino em noitadas boêmias, enchendo a cara de álcool e te afogando bem aqui no meu peito. Você nadando apressadamente, desesperado, o álcool subindo e meu coração sucumbindo enquanto gargalho com o copo na mão: Eu vou te matar!
Às vezes quero te dizer que odeio o que a sua falta me causa e acabo optando por não dizer nada, porque você vai rir ou desdenhar, sem entender como pode doer tanto uma saudade de apenas dois dias.
Eu não quero dizer nada porque tenho vontade de rasgar todas as suas roupas e depois jogá-las pela janela. Tenho vontade de me atirar também. Não literalmente, só atirar do oitavo andar a bobinha que ri sozinha quando é surpreendida pelas suas lembranças. Ela caindo e eu assistindo de camarote, satisfeita: Cai, tolinha!
Eu quero te dizer um milhão de coisas que você ainda não sabe – ou talvez saiba, mas não sob a minha ótica.
E é tanto querer, é tanto a dizer, é tanto, tanto, tanto... Que eu fico assim, desesperada, com mil pássaros batendo as asas dentro da minha barriga e cem aranhas tecendo teias na minha cabeça.
Eu nunca senti isso antes e essa porra de sentimento descomunal oscila mais que a minha fé na humanidade. Fé cega, lâmina pra lá de afiada.
No fim das contas, não te afogo e tampouco me atiro pela janela.
Senta aqui. Às vezes quero te dizer milhares de coisas...
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quinta-feira, 15 de março de 2012
Palavra
Não, ainda não encontrei a nossa palavra. A palavra capaz de mostrar que não te amo como amou Julieta, Isolda ou qualquer outra pobre coitada à mercê de uma tragédia romântica.
Gosto de você assim, simples. Gosto feito historinha da Disney, leve, pronta para o final feliz e com um enredo que quem quer que veja, saberá onde vai dar. E há de dar!
O que sinto não renderia um drama shakesperiano, mas que se foda! – Shakespeare que me desculpe, ele é um gênio... Mas que se foda mesmo! – para dramatizar, já tenho essa maldita imaginação fértil da qual você ri de vez em quando.
Você não me causa aflição, dor de barriga, tremedeira... Não! Você me faz levantar o pezinho quando nos beijamos, me estimula a querer ser alguém melhor, me faz rir e sentir que o amor é algo que caminha com a gente de mãos dadas, não sobre as nossas costas.
Por essas e por outras, continuo buscando a tal palavra... A nossa palavra. Por enquanto, uso uma frase: Eu amo você!
Para o meninos dos meus olhos, Ivan Mola.
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terça-feira, 6 de março de 2012
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