quinta-feira, 15 de julho de 2010

Lapso



Aqui, bandeiras brancas hasteadas
No horizonte, uma réplica do Cavalo de Tróia
Mais uma rodada de elixir da juventude
E se me chamarem - não estou, não quero, não posso

Vou construir jardins suspensos
ensaiar pra ser trovador medieval
Sem julgamento sem vírgula ponto reticências
Tudo pode. Tudo posso. Sem inquisição

Faz um brinde e se sente do tamanho da paz
Não existe paz no Oriente Médio
nem ali na esquina
nem em mim - ‘tim tim!’
Brindemos nossos lapsos.

3 comentários:

Denison Mendes disse...

eis que o lápis rabisca um lapso na folha, uma linha, uma lenha, uma lã. aqueço. esqueço o engano bordô na borda tinta do lábio, cálice. calo-me em ti.

tim-tim!

Nanda disse...

Não existe a perfeição! Não existem linhas retas, nem desenhos coloridos sem deixar escapar o giz de cera... Não existe amor sem dor... mesmo os correspondidos...

Um brinde as imperfeições, um brinde a você, que escreve e sente demais!

beijos

Anônimo disse...

O caos tornou-se natural.
Um brinde à irrelevância das coisas!

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