"Um dia olhou pela janela, imaginou como seria o seu vôo até o chão
Mas quando pensou na sujeira que ela causaria...
desistiu, foi ver televisão
Tinha que engravidar, criar, envelhecer, morrer como todos esperavam
Tinha que renunciar, agradar, obedecer, vencer como todos desejavam..."
(Longe Aqui, Jay Vaquer)
Ultimamente a vida não é mais a mesma: virou filme velho na tv. Vai passando diante dos olhos e eu pareço mero espectador.
Interagir anda complicado. Eu tô aqui sem querer estar, e ao mesmo tempo qualquer lugar é lugar quando não há pra onde ir.
Ando cansada dos fatos acontecidos e também dos sonhados. Principalmente, ando cansada desses textos com ar de lamento.
As brigas perdidas tem sido dissecadas e remoídas insistentemente pelo meu cérebro maluco. Ando entregue.
Tão entregue que esse texto não tem fim. Tô sem forças pra brigar com a falta de criatividade. Lá vou eu de novo, assistir filmes velhos na tv...
2 comentários:
"Olha, eu sei que o barco tá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar também."
Assim escreveu Caio a uma amiga e hoje eu a ti. A vida é mesmo assim. Parece, às vezes, que se está perdido em pleno mar aberto, à deriva, sem quaisquer sinais de terra firme à vista - enquanto todos esperam que você o cruze a nado com um sorriso estampado no rosto. Vezenquando é assim: a realidade nem sempre vem nas doses certas de intensidade. Quase nunca, aliás. E daí a abstinência vem, sem clemência, com a sutileza de uma parede de concreto caindo.
É preciso justamente estar atento pra não deixar passar quando o momento certo vem, silencioso e arrebatador, com toda a magnitude própria do que está além do controle dos homens. O hoje, de um jeito ou de outro, é aquele amanhã que você um dia desejou tanto - uma conquista digna de ser valorizada, não acha?
E se o hoje não é exatamente o amanhã que você queria, pode ainda vir a ser - como já aconteceu antes, lembra? O importante é não esquecer que são teus olhos que decidem se o mundo é monocromático ou surrealmente multicolor.
Às vezes, é preciso assumir o controle da paleta de cores da vida. Se o vermelho de que sente falta não vem até teus olhos por conta própria, mergulhe teu olhar no tom exato que quer dele e siga em frente.
Ao contrário do jeito de ser das pessoas e das coisas, o teu modo de vê-las e senti-las é passível de qualquer mudança que se estiver verdadeiramente disposto a fazer nele.
Ou não. Vai saber. Quem dera fosse simples assim, né? To me sentindo a personificação de um livro de auto-ajuda agora. Enfim... considere a intenção, que é de lhe fazer sorrir um cadin ou apenas lhe fazer rir do meu escrever bobo e inexplicavalmente otimista.
Um beijo, Flávia.
To nessa tbém, se achar uma solução, me avise! Beijos
Adoro te ler.
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